Onde hoje é o conhecido condomínio 1059, na Monsenhor Félix, existiu uma escola entre os anos de 1920 e 1960. Ela se chamou Maria do Carmo Vidigal. Foi uma das poucas escolas existentes no, então, distrito rural de Irajá. Atendia boa parte da população local.
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| Aspecto da Maria do Carmo Vidigal Foto: Instituto Histórico e Geográfico da Baixada de Irajá- IHGBI |
Durante muito tempo, a escola era conhecida por sua denominação "20-10", que se referia ao número da instituição no zoneamento educacional proposto pelo governo nos anos de 1930, quando o Rio de Janeiro ainda era Distrito Federal. No ano de 1945, é que o prédio vai receber o nome da famosa educadora da época, d. Maria do Carmo Vidigal.
Jornais dos anos 1950 dão conta de que o prédio era uma casa alugada, segundo o jornal Última Hora de 11/03/1953, ao custo de 400 cruzeiros, no meio de um terreno amplo. Alguns dizem que era uma vacaria. Segundo o mesmo periódico funcionava nos turnos da manhã, tarde e noite e recebia 564 alunos da região. A casa estava em estado precário.
Nos anos de 1960, a escola foi transferida para o prédio de outra já existente na região: a Alfredo de Paula Freitas. Manteve independência com corpo de professoras próprio e a sra. Yvone Pacheco se manteve como diretora da instituição.
Por que brincamos que ela é mãe da Mendes Viana? Porque as primeiras professoras e diretora da Mendes, d. Yvone, vieram da Maria do Carmo Vidigal. A unidade escolar deixou de existir quando o atual prédio da Mendes Viana foi fundado na Estrada de Colégio, 940, em 1966.
Uma curiosidade: o cantor, compositor e escritor Nei Lopes, nascido em Irajá, foi aluno desta instituição de ensino na década de 1950.
Texto: Prof. Fábio de J. de Carvalho – docente de história da unidade escolar e coordenador do projeto Clube de História
Fontes:
Jornal "Última Hora"- 11/03/1953
Revista Resenha digital n 3- set 2012 (IHGBI) disponivel em: http://resenha-digital-ihgbi.blogspot.com/ (acesso em 01/07/2018)
ELIAS, Cosme O samba do Irajá e de outros subúrbios: um estudo da obra de Nei Lopes. Rio de Janeiro: Pallas, 2005.
