A cana de açúcar veio da Ásia e
foi trazida pelos portugueses ao Brasil no século XVI. A partir da década de
1530, a cana passa a ser cultivada de maneira intensa no Nordeste da colônia
portuguesa. Desta planta vinha um produto muito lucrativo: o açúcar. Em diversas
partes da América Portuguesa, como o Brasil era conhecido, foram erguidos
engenhos para a produção do “ouro branco”.
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| Aspecto de um engenho antigo Foto: Wikimedia Commons |
Segundo o geógrafo Maurício de
Abreu, pesquisador da evolução urbana da cidade do Rio de Janeiro, 219 engenhos
produtores de cana-de-açúcar na região de Irajá/Meriti, região banhada pelos
rios Pavuna, Meriti e Sarapuí, que hoje são bairros da cidade do Rio de Janeiro,
como Irajá, por exemplo, e outros municípios como São João de Meriti e Caxias,
na Baixada Fluminense. Esta contagem é feita entre os anos de 1601 e 1700, ou
seja, no século XVII.
Pesquisadores da história do
bairro de Irajá acreditam, baseados em documentos e nas experiências de plantio
de cana em outras regiões do país na época, que Irajá era uma espécie de “celeiro”
do Rio. Essa enorme região produzia não só uma grande quantidade de açúcar, mas
desenvolvia outras atividades importantes para dar apoio à produção, tais como
olarias, para a fabricação de tijolos e telhas. Havia também a produção de hortifrutigranjeiros,
plantações de verduras, frutas e criação de aves, para alimentação. Por fim,
havia também a criação de bois e vacas que serviam tanto para produção de
leite, abate e força motriz para os engenhos.
Texto: Prof. Fábio de J. de Carvalho – docente de história da unidade escolar e coordenador do projeto Clube de História
Fontes:
ABREU, Mauríco de Almeida. “Um quebra-cabeça
( quase ) resolvido: os engenhos da capitania do Rio de Janeiro – séculos XVI e
XVII” Scripta NOVA REVISTA ELECTRÓNICA
DE GEOGRAFÍA Y CIENCIAS SOCIALES , Universidad de Barcelona. Vol. X, núm. 218 (32), 1 de agosto de 2006 In:
http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-218-32.htm
(acesso em 28/03/2017)
RODRIGUES, Agostinho. “Meu Irajá”.
Rio de Janeiro: Coletivo Instituto Histórico e Geográfico da Baixada de Irajá, 1999,
edição digital. In: http://www.falazonanorte.com.br/downloads/meuiraja.pdf

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