![]() |
| Tupinambás Foto: gravura de Theodor de Bry - Wikimedia Commons |
Antes da chegada dos
colonizadores portugueses à região era uma aldeia indígena. Essa aldeia de
índios tupinambás tinha o nome de Eiraîá e se estendia ao longo do atual rio
Irajá. Documentos franceses datados do século XVI, mais precisamente por volta
dos anos 1550, citam esta aldeia. Era, com certeza, bastante considerável o
número de indígenas deste agrupamento.
A fauna e a flora ao longo do rio
Irajá eram exuberantes. Muitas árvores, plantas, flores, frutos e diversos
animais silvestres. Terra de beleza, mas também de caça, pesca e coleta
abundantes. Isso pode explicar porque este grupo indígena se fixou na região.
Provavelmente isso é um
aportuguesamento da palavra tupi eiraîá.
O significado pode ser “repleto de mel”, “como as abelhas” ou se refira a um
mamífero chamado irara, da família do furão, que habitava a região. O nome
desse mamífero podia ser o nome do morubixaba, chefe da aldeia.
![]() |
| Irara ou Papa - Mel Foto: Wikimedia Commons |
Há uma lenda que é muito
repetida, inclusive, na qual os indígenas teriam confundido o melaço, o líquido da cana
moída, com o mel. Por isso, alguns acreditam que o significado seja “o mel
brota”. Pesquisas recentes não acreditam nessa hipótese. Certo é que esta
região do Rio de Janeiro foi a que manteve quase sem mudança o seu original
nome indígena.
Texto: Prof. Fábio de J. de Carvalho – docente de história da unidade escolar e coordenador do projeto Clube de História
Fontes:
MULTIRIO - Web Rádio, programa "Caminhos Cariocas - Irajá" in: http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/ouca/webradio/2297-iraja (acesso em 01/04/2018)
SILVA, Rafael Freitas da. "O Rio antes do Rio", Rio de Janeiro: Ed. Babilônia, 3ª ed., 2017


Nenhum comentário:
Postar um comentário